Tudo começou com a necessidade do seu fundador, Bruno Abrantes, de tratar os transtornos do sono, de bipolaridade, de TDAH, além de um problema de adicção com álcool e cocaína que o acometiam há muitos anos.

Após se tratar alguns meses numa comunidade católica chamada comunidade católica boa nova, ele procurou ajuda profissional pois não queria mais voltar aos vícios. inicialmente, sem saber dos transtornos que possuía, além do problema de adicção, foi em busca de terapias tradicionais e tratamento com psiquiatras, que o orientaram.

No começo, o tratamento alopático teve uma pequena resposta, porém os efeitos colaterais eram significativos e representam mais uma piora que melhora no quadro. chegou a tomar 4 alopáticos diferentes e ao mesmo tempo, porém, sem encontrar sua estabilidade emocional.

Foi então, que numa reportagem do fantástico, ficou sabendo de salas assistidas em Nova York que faziam tratamento de pessoas adictas em opióides, álcool e cocaína com o óleo de canabidiol. O projeto tinha uma taxa de sucesso muito alta, assim, despertou a vontade de iniciar a luta pelo acesso.

Inicialmente foi em busca no mercado paralelo, pois, naquela época, o acesso era muito restrito e não ouvia-se falar muito sobre o tema.

As perdas com os produtos de baixa qualidade, os calotes de não recebimento, entre outras dificuldades, não o fizeram desistir. Desde a primeira vez que havia feito o uso do óleo, sua qualidade de vida e da sua família haviam melhorado consideravelmente.

Após algum tempo nesta luta, ficou sabendo da associação abrace esperança, em João Pessoa, e começou o tratamento dentro dos padrões legais.

Só conseguiu fazer 6 meses de tratamento, pois o mesmo custava na época, R$1600 por mês, mais da metade do salário dele.

O que fazer? Partiu auto-cultivo!

Nos três anos iniciais em desobediência civil, pois formalizar o cultivo custava muuuuito caro. Com muito medo no início, principalmente por temer uma batida policial. E tudo que seria a solução, poderia se transformar em problema.

Passou dois anos tentando convencer alguns advogados a apoiá-lo, sem sucesso, até conhecer em 2022 o advogado Dr Ítalo Alencar de Fortaleza, que aceitou a proposta e começou os trâmites do processo.

Depois de uma batalha desleal contra o preconceito institucionalizado, finalmente o salvo conduto foi concedido em segunda instância, e agora uma maior tranquilidade para continuar o tratamento. Hoje bruno usa apenas o óleo de cannabis para seus tratamentos.

Desde que começou a se tratar, uma vontade de disseminar aqueles benefícios, tomava conta do seu coração e o incentivava constantemente a fazer isso por outras pessoas! Quando o cultivo começou e os sucessos terapêuticos e de cultivo aconteceram, começou a ajudar outras pessoas gratuitamente, neste momento a ACAMI surgia sem saber.

Porém, quando saiu seu habeas corpus, perante a lei, continuar ajudando outras pessoas mesmo que gratuitamente, constitui-se crime, “desvio de finalidade”.

Em 2017, ainda durante o tratamento na comunidade boa nova, sem saber na verdade o que significava, num sonho, deus lhe revelou um lugar chamado de “milagrosa”, onde pessoas de todas as idades, raças e sexos, com patologias diversas, iam até ele se confraternizar. Daí o nome ACAMI: Associação cannabis “milagrosa”.

Já somos reconhecidos como uma entidade de utilidade pública pelo poder executivo e, buscamos constantemente apoio para continuar o projeto.

Foi e tem sido assim, com muitas dificuldades, mas com as bençãos de deus, seguimos firmes com o propósito de levar acesso democrático ao tratamento com a cannabis medicinal, a todos que precisam!